quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Sabor para ficar na memória

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03.08.08

Há coisas nesta vida que se come e que, de tão boas, fazem a lembrança do sabor de vez em quando chegar à boca. Para mim, não é tão fácil isso acontecer. No último ano, apenas um prato conseguiu tal proeza em minha seleção de paladar. Numa de minhas andanças gastronômicas, entrei na Fornaretto Osteria, em Boa Viagem. Uma casa com cozinha típica italiana, onde no salão fica o patriarca da família, o simpático Bartolomeu. Escondidos, à frente das panelas, Marisa e Bruno (mãe e filho) completam a família temperada de diversas delícias escondidas na simplicidade e na pouca divulgação do restaurante. Para não errar, costumo pedir o prato da casa. E fui logo na massa que leva no molho o nome da família: Marabiza.

Sobre o nhoque, o molho à base de carne marinada em temperos e vinho marcou para jamais ser esquecido. Em casa, tentei reinventar a receita e acabei criando um prato que hoje é fiel na minha mesa quando tenho convidados. Fica bom, mas não chega aos pés do Marabiza de Marisa. Há mais ou menos três meses, estive na Fornaretto e pedi para que eles me enviassem por e-mail a receita, para publicar neste espaço do Domingo. Bartolomeu é o tipo do cara contrário às tecnologias e só manda e verifica e-mails quando vai, uma vez por mês, à lan house do bairro. Pensem que a danada da receita demorou a chegar! Certo dia, como uma surpresa boa, chegou. Abri, mas não salvei. E, nas minhas loucuras de sair apagando os milhares de e-mails inúteis, mandei a receita para o beleléu, ou seja, para um lugar do espaço cibernético em que não se chega jamais.

Até que essa semana, sabendo que escreveria na quinta-feira a última coluna de Uma pitada de tudo neste Diario de Pernambuco, decidi que tinha que fechar este ciclo com algo inesquecível, que pudesse ser relembrado sempre. E nada melhor para trazer boas lembranças do que os melhores sabores. Liguei para Bartô. "Aline, tenho que achar o disquete com a receita". Disquete? Esse é do tempo do ronconcom mesmo! Me atrevi a pedir o login e a senha de seu e-mail para recuperar a receita em sua íntima caixa de "itens enviados". E ele, por telefone, me cedeu! Então, está aí para vocês o molho Alla Marabiza, que ficará marcado para sempre, assim como o tempo em que dividi meus sentimentos culinários com vocês. Semana que vem a gente se reencontra, com outras emoções em novas caçarolas.

RECEITA

Molho Alla Marabiza
(Por Marisa Marabiza, da Fornaretto Osteria)

Ingredientes

800 g de miolo de alcatra
2 cebolas grandes
1 cabeça de Alho
150 g de bacon magro
100 ml de vinho tinto seco
2 folhas de Louro
1 molho de salsa picada
1 molho de cebolinho
1 colher de sopa manjericão picado
1 colher de sopa de Orégano
3 kg de tomates bem maduros sem pele
1 talo de salsão picadinho
1 colher de chá de páprica picante
100 ml de azeite
50 ml de vinagre de vinho tinto
Sal e pimenta-do-reino a gosto

Modo de preparo


1ª Etapa (Carne)
Limpe a carne e corte em cubos para picadinho. Tempere com cebola picada, seis dentes de alho, uma folha de louro e um pouco da salsa batida, cebolinho, orégano, manjericão, o vinho e o vinagre. Deixe marinar por no mínimo duas horas.

2ª Etapa (Molho base)
Coloque no fogo uma panela com os tomates cortados em quatro e todo o resto do tempero durante uns trinta minutos, mexendo sempre (sem adição de água). Depois passe por uma peneira e reserve o molho resultante.3ª Etapa (Finalizar)Doure o bacon com azeite, acrescente o marinado da carne, deixe apurar e refogar. Adicione o molho já peneirado. Cozinhe em fogo brando por aproximadamente duas horas até tomar consistência de purê e a carne ficar macia. Sirva com nhoque, penne ou fusili.

SERVIÇO// Fornaretto Osteria // Rua Ribeiro de Brito, 597, Boa Viagem. De quarta a domingo, das 12h30 à meia-noite. Informações: 3326-9191.

Saudade dá fome

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27.07.08



Toda vez que penso em gente que se foi, momentos bons que passaram, lugares lindos que visitei, roupas velhas que eu dia usei, minha barriga ronca. Outro dia acordei com saudade do meu pai, que o tempo maluco não permite maior presença. Veio a vontade de um bolo de banana que ele fazia quando eu era criança e também do bife acebolado que preparávamos juntos às altas horas da madrugada. Da minha vó Nilda, sempre sinto falta. E por isso como feijão preto quase todos os dias. Tem também aquele oco que bate dentro do peito e você nem sabe ao certo o que é. Uma dor de ausência que desce para a barriga e geralmente a faz roncar. Deve ser a tal saudade do futuro.

Outro dia fiquei recordando os dias de adolescência na praia do Janga. Aquela que ainda era recheada de coqueiros na areia branquinha. Tomava banho de mar até o meio-dia e chegava em casa faminta para bater o prato de domingo. Minha mãe, exímia cozinheira, tirava folga do fogão e caminhava até a barraquinha da esquina. Lá, adquiria uma dobradinha saborosa,que comíamos apenas com "farofa de macumba" - aquela bem amarela. Era a barraca de Dona Zuza. Uma lona azul protegia da chuva e do sol o fogo à lenha. A gente levava a vasilha e a senhora cozinheira a enchia com prazer, até quase transbordar. Tinham dias que ela fazia fava com charque e, não sei porque, eram domingos inesquecíveis.

Tão bons, que sinto saudades e, claro, me bate a fome. O Janga está longe e Dona Zuza nem deve mais existir. Mas, dia desses, revivi pelo paladar as lembranças daquele tempo. Minha comadre me levou para comer a dobradinha e a fava com charque de Nancy, mãe de um velho amigo. Nancy, que é despachante por profissão e cozinheira por paixão, prepara todos os finais de semana caldeirões de feijoada, dobradinha, fava e sarapatel. Em frente à sua casa, estica um toldo e vende o quilo de cada uma das iguarias por R$ 25. Quem quiser sentar e comer por lá mesmo, na beirada da calçada, também pode.

Matei a saudade, mas confesso, tenho uma mania estranha de sofrer por antecipação. Daí fico martelando quais serão as minhas próximas saudades e que comidas vão entrar pela boca para me ajudar a reatar boas lembranças. Quem sabe sorvete e milho na pracinha; maltado no Bairro do Recife; macaxeira na calçada de Darcy; bobó de camarão nos aniversários; churrasco na casa do vizinho.

RECEITA

Fava com charque

(Da Feijoada da Nancy)

Ingredientes
- 1 kg de fava
- 1 kg de charque dianteira
- 1 maço de coentro
- 1 maço de cebolinho
- 2 cebolas grandes
- 1 colher de chá de colorau
- 1 colher de chá de cominho
- 1 colher de sopa de alho
- 3 folhas de louro
- 2 tabletes de caldo de carne

Modo de preparo

Coloque a fava de molho de uma dia para o outro. Em outro recipiente deixe de molho também a charque. De manhã escalde a charque até sair bem o sal. Misture a fava e a charque numa panela com água. Ligue o fogo. Enquanto isso, bata no liqüidificador o coentro, a cebolinha, as cebolas e o alho. Despeje tudo na panela, junto com a fava e a charque. Acrescente os tabletes de caldo de carne, as folhas de louro e cozinhe, sempre medindo a quantidade de água para não secar demais. O tempo de cozimento é em torno de duas horas, sem pressão. Sirva com arroz, couve à mineira, ou se preferir, só com "farofa de macumba".

SERVIÇO //
Feijoada da NancyEstrada do Encanamento, 1198, Casa Amarela. F: 3266-02710.

Garanhuns quente

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20.07.08

Neste friozinho de Garanhuns, tem uma coisa que se faz constantemente: comer. Este é o quinto ano consecutivo que venho à cidade para trabalhar no Festival de Inverno e, sempre que volto ao Recife, prefiro nem passar por perto de uma balança. Já na recepção do hotel, um catatau de planfletos te levam a dezenas de restaurantes. E tem pra todo gosto. Entre os self- services, prefiro o Chalé. Para comer um fondue, o Chez Pascoal. Uma massa, o Maria Bonita. Bacalhau? Sem dúvidas, o da Portuguesa, lá no alto da Boa Vista. Quer comer frango de todo tipo? Vai na Barraca da Galinha.

Vixe, tem coisa demais! Mas tem uma guloseima por aqui que não pode ficar de fora da dieta de um bom Nordestino que se encanta com o mínimo de frio: o chocolate quente. Quando cai a noitinha, ou depois de uma boa farra, nada melhor do que passar e um dos quiosques do Chocolate Sete Colinas. Doce na medida certa e com cara daquelas bebidas feitas pela vovó. Bem diferente do concorrente da Companhia do Cacau, que vem do Recife em saches pré-preparados. Não que seja ruim, de jeito algum. O da Cia é cremoso, escurão, com uma consistência muito mais firme. Há que prefira. Mas eu, sinceramente, fico com tradicional Sete Colinas, feito aqui mesmo em Garanhuns.

Tradicional porque existe há exatos 18 anos. Nasceu junto com o Festival de Inverno. Os dois estão na maioridade. Como uma luz divina, o empresário Flávio Murilo diz que a idéia de vender chocolates surgiu e uma necessidade financeira. Mesmo sem saber preparar chocolates, sua mulher, Tânia Helena, foi ao fogão, aprendeu os segredos e se baseou nos famosos chocolates de Gramado. Hoje, o casal tem uma loja mais uma filial em Garanhuns. Cartões postais da cidade. O festival segue até o próximo sábado e vale até tomar a bebida pura com uma pitada de conhaque, "para esquentar os ossos".

O probleminha que tive que enfrentar é que Tânia Helena não me passou a receita de jeito nenhum. Entendo perfeitamente, afinal, não se deve abrir um baú de moedas e deixá-lo sozinho no meio da praça pública. Ela sóme disse que utiliza leite, chocolate em pó, creme de leite, leite condensado e, por fim, para dar consistência, chocolate em barra derretido na mistura. Abaixo, me atrevo a sugerir uma receita, me baseando nos ingredientes usados por Tânia e Flávio. Tomara que preste!

RECEITA

Chocolate quente

300 g de chocolate em barral
200 g de chocolate em pó
1 lata de creme de leite
1 lata de leite condensado
1 lata (medida) de leite de vaca


Modo de Preparo

Em uma batedeira, bata o leite condensado, o chocolate em pó e o leite. Quando estiver cremoso, leve ao fogo. Pique o chocolate me barra e derreta na mistura até ferver. Delique o fogo e acrescente creme de leite. Esquente novamente, mas sem deixar ferver para não coalhar. Se desejar, acrescente um pouco de conhaque.


SERVIÇO//

Chocolate Sete Colinas// Av. Ernesto Dourado, 582, Heliópolis, Garanhuns (a 230 quilômetros do Recife). Há quiosques também na Esplanada Guadalajara e parques Euclides Dourado e Pau Pombo. F: 3761-2530.

Colocaram um Ç na minha mussarela


13.07.08

Aliás, na minha só não, na de muita gente. Essa semana, enquanto preparava uma matéria sobre o Dia Nacional da Pizza (10 de julho), tive a curiosidade de consultar o dicionário para ver como escreveria o nome desse queijo tão comum em nossas mesas. Levei um susto. Me senti uma anta quando descobri que mussarela, que tanto registrei em linhas afora, na verdade é uma muçarela. Sim, aquela mesma, que vai em cima da lasanha e da pizza nossa de todo dia. O ç está nas páginas dos meus inseparáveis amigos Caldas Aulete, Michaelis e Houaiss. Por via das dúvidas e para não causar estranheza nos leitores, resolvi grafar mozarela. Melhor assim, do que no dia seguinte receber um bocado de "cartas à redação" acusando a repórter de burrinha e displicente.
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O fato é que, mesmo sabendo dessa cruel verdade, acho que jamais vou conseguir colocar uma muçarela no meu pão. Prefiro acompanhar o povo e escrever mussarela, pelo menos em meus diários particulares e no cardápio de uma birosca que eu abra num futuro qualquer (quem sabe?). No jornal, o jeito vai ser apelar para a origem da palavra, do italiano mozzarela, que no Brasil acabou sendo dicionarizada muçarela (talvez pelas influências indígenas) ou mozarela - sendo esta última a minha opção no quesito profissional.
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Penso que esse negócio de tacar um ss onde não se deve é bem merecido para a muçarela. Porque, afinal de contas, a origem da iguaria também foi modificada com o tempo e nem por isso perdeu a popularidade (pelo menos no Brasil, onde esse queijo é consumido anualmente em mais de 200 toneladas). Sabe-se bem que na Itália começou a ser fabricado apenas com leite de búfala, em formato de bolotas conservadas em soro. Branca e macia, bem diferente daquele amarelado e fatiado que costumamos ver nas vitrines e bandejas dos supermercados. Colocaram muito amarelo onde deveria prevalecer o branco.
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De todo jeito, com ou sem ç e também independente da cor, é certo que essa minha descoberta (um tanto tardia para uma jornalista) não vai influenciar no meu consumo de muçarela. Principalmente daquela que vai em cima da massa da pizza do chef Jeff Colas (da Maison do Bomfim, do Seu Cafofa e do Capitania). Nos três lugares, ele serve uma pizza que me faz lembrar das melhores que já comi no Bráz paulista. Massa super fina e nada de "mussarela" demais. Pedi a ele a receita da massa e do molho e ele nos cedeu com uma gentileza só. É a mesma que fica na cozinha para orientar os cozinheiros. O recheio fica na criatividade de cada um.Esta é para recortar, colar no caderninho e guardar por toda a vida (a receita e a lição ortográfica)!
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RECEITA
Pizza de Mozarela
(Por Chef Colas, do Capitania)
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Massa
Ingredientes
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-1kg de farinha de trigo
- 180 ml de leite
- 5g de sal
- 5g fermento
- 2 cl de sopa de creme de leite
- 1 ovo
- 1 colher de sopa de azeite
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Modo de Preparo
Misture o leite, o ovo, o sal, o fermento e o azeite. Acrescente a farinha de trigo. Misture tudo, até formar uma massa homogênea, que solte das mãos. Separe em porções de 120 g, em forma de bola e cubra com um pano úmido. Deixe descansar por 30 minutos.
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Molho de Tomate
Ingredientes
- 1 kg de tomate molho
- 10 g de sal
- 2 colheres de sopa de açúcar
- 2 colheres de sopa de azeite
- 2 colheres de sopa de shoyu
- 2 colheres de sopa de vinho branco
- 1 cebola picada
- ¼ de pimentão verde
- Orégano a gosto
- 100 g de bacon ou calabresa triturados
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Preparo
Refogue o bacon ou a calabresa, a cebola e o pimentão no azeite. Corte os tomates em 4 partes e acrescente ao refogado. Acrescente o shoyu e 200 ml de água e deixe cozinhar por aproximadamente 20 minutos. Passe tudo numa peneira. Volte ao fogo, acrescente o sal, o açúcar e o vinho branco. Deixe reduzir, até obter a consistência desejada.* Para um disco de pizza utilize 120 g de massa, 50 g de molho, 150g de quijo mussarela Ral grosso, 50g de tomate e orégano a gosto.
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SERVIÇO//
Capitania Bar e RestauranteAv. Ministro Marcos Freire ou Beira Mar, Bairro Novo (na esquina antes de chegar ao Quartel da PE). Segundas, quartas e quintas, a partir das 18h. Sextas, sábados e domingos, a partir do meio-dia. Informações: 3429-8970.

Darcy: o tempero dos Quatro Cantos


06.07.08

Não há figura mais emblemática nos Quatro Cantos de Olinda do que Darcy. Forte (por dentro e por fora), é a mãe de todos que fizeram ou fazem da Cidade Alta a sua casa. Não casa que se toma banho ou se dorme, mas casa de que tem calçada aconchegante, poesias que gritam na esquina, violão que teima em tocar mesmo que desafinado e uma comidinha quente e saborosa para espantar a ressaca.

Darcy é pessoa que deveria ter vida sem validade. Durar para sempre. Ser tombada, assim como o casario colorido que faz moldura em sua existência. Penso no tempo em que era abrigada por um casarão bem na esquina da ladeira da Misericórdia com Prudente de Moraes. Tiraram a nossa matriarca de lá há quase dez anos e nunca mais ninguém deu vida àquelas paredes. Hoje, ela enfeita com seus peixes coloridos, feitos de fibras de coqueiro, um minúsculo espaço que não é exatamente nos Quatro Cantos, mas tem vista para o ponto turístico, que, aqui pra nós, depois que Darcy saiu de lá, perdeu vida.

Já imortalizada em canções, Darcy também se torna mais indestrutível cada vez que cozinha para nós, os "moradores" daquelas ruas boêmias. Todas as segundas-feiras ela vai para cozinha fazer paneladas. Na última vez que tive um tempinho para aparecer, fui surpreendida com uma rabada com inhame. Meus Deus, que rabada com inhame! Na aparência, nada demais. Mas sei bem do amor que é transferido para aquelas refeições. Sento na calçada como se fosse poltrona de veludo e saboreio cada garfada como quem sabe receber um carinho.

Na segunda passada, ela saiu com um de seus quitutes preferidos: a vaca atolada. O nome, para quem não é do Nordeste, pode soar bem estranho. Mas é somente costela de boi refogada com macaxeira cozinhada dentro no molho da carne. Mas ela troca a costela por carnes mais graúdas, "porque costela tem muito osso". Por telefone, como quem fala sobre a própria vida, ela me passou a receita, um patrimônio da culinária caipira com toques bem pernambucanos. A previsão para amanhã é uma fava com charque, mas dependendo da inspiração de Darcy, também pode ser galinha guisada. Quem sabe?

RECEITA
Vaca Atolada
(Por Darcy dos Quatro Cantos)

Ingredientes

3 quilos de paletal
4 quilos de macaxeiral
2 cebolas grandes picadasl
3 dentes de alho amassadosl
1/2 xícara de cheiro verde picadol
4 tomates grandes picadosl
1/2 pimentão grande picadol
1/2 pitada de cominhol
2 colheres de sopa de óleol sal a gosto

Modo de preparo

Lave bem a carne e tempere com alho, cebola e sal. Na panela pré-aquecida, refogue essa mistura em óleo. Quando a carne estiver dourada, acrescente o tomate, o pimentão, o cheiro verde e o cominho. Deixe o tempero apurar em fogo baixo. Quando a verdura estiver já cozinhada, acrescente água e deixe ferver. Coloque na mesma panela a macaxeira já lavada, descascada e cortada em pedaços médios (mais ou menos do tamanho de uma mão). O tubérculo deve cozinhar no caldo da carne até ficar bem mole, com consistência de papa. Quando chegar a este ponto, o prato estará pronto para ser servido.